Tema que preocupa tanto pais quanto professores, na Escola Campos Piaget identificamos que as mordidas são comuns até 2 anos de idade, podendo se estender aos 3 anos. Em alguns casos, elas estão relacionadas à comunicação da criança, visto que neste período os pequenos ainda não têm a comunicação verbal estruturada e se comunicam por meio de ações que podem incluir o ato de morder.

Porém, na maioria das vezes, as mordidas são uma forma da criança demonstrar ansiedade, disputar brinquedos ou evidenciar sentimentos.  “Nessa fase em que as crianças ainda não têm domínio da fala, as manifestações corporais são usadas para manifestar descontentamento, alegria, descobertas”, diz Marilene Proença, membro da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee).

Segundo Ana Campos, psicopedagoga e diretora da Escola Campos Piaget, como denominada pelo psicanalista Sigmund Freud a fase oral é uma etapa do desenvolvimento que vai do nascimento até por volta de dois anos de idade. Nesta fase, a criança está com muito mais sensibilidade na região da boca, lábios, língua, e outros relacionados com a zona oral.

Como a escola Campos Piaget reduziu o número de mordidas

Desde o início encaramos essa fase do desenvolvimento da criança com muito cuidado, desse modo, há muito tempo, decidimos fazer uma movimentação com a finalidade de reduzir ou até mesmo de acabar com as mordidas dentro do ambiente escolar.

Após uma profunda análise em parceria com a nossa equipe de docentes colhemos informações e fizemos um mapeamento de todas as circunstâncias em que a mordida acontecia, e montamos um cronograma de ações preventivas para ‘blindar’ as crianças. Entre algumas das situações mapeadas notamos que as crianças ficam mais vulneráveis às mordidas em momentos como:

Impedindo as mordidas na educação infantil

Após serem mapeadas todas as situações de risco, a equipe de gestão tomou medidas para que todas elas fossem prontamente supervisionadas com a finalidade de reduzir as mordidas em nosso espaço escolar.

Uma das ações adotadas foi criar uma rotina de reuniões semanais com toda equipe docente e colocar nos tópicos dos assuntos tratados a questão das mordidas, assim, ao pontuar todas as situações em que os incidentes podem ocorrer lembrando periodicamente de todos os pontos que são relevantes para proteger tanto os alunos mais antigos quanto os recém-chegados.

Além disso, criamos um plano de reposicionamento dos professores nos grupos de alunos, desenvolvemos estratégias para diminuir períodos de ociosidade através de atividades variadas envolvendo arte, esporte e lazer. Também realizamos uma observação diária (e cuidadosa) dos alunos que estão com a fase oral mais aflorada e evitamos aglomeração de crianças em todos os espaços da escola a fim de perceber o seu comportamento como um todo. Por fim instalamos um sistema de monitoramento por câmeras nas áreas onde os estudantes permanecem. Na Escola Campos Piaget, estas medidas estão funcionando e diminuímos grandemente a questão de mordidas em nosso espaço escolar, esperamos que a matéria ajude outras escolas nessa questão, pois nosso objetivo é auxiliar nossos professores a blindar nossas crianças e deixar nossos pais satisfeitos e tranquilos, sabendo que seus filhos estão em ambiente tranquilo e seguro.


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